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Estudar & Trabalhar: uma alternativa para tirar a ideia do intercâmbio do papel

Todo mundo quer fazer intercâmbio – e isso não é mera força de expressão. De acordo com a Pesquisa de Mercado Selo Belta 2019, 98% dos entrevistados têm o interesse de viajar para fora do Brasil com o intuito de estudar. Porém, questões financeiras são um dos principais fatores que impedem de tirar os planos do papel. Por isso, muita agente aposta em uma modalidade de intercâmbio que leva esse fator em conta: Study & Work.

Uma série de países abrem suas portas para estudantes que, para amenizar os custos do investimento, trabalham durante sua estadia. Essa possibilidade foi fundamental para a escolha do destino de intercâmbio de Paola Fratus Batemarco, que até meados de 2020 tem na cidade de Cork, na Irlanda, uma casa longe de São Paulo, onde vivia no Brasil.

“Como em qualquer lugar, uma carga dupla de trabalho é cansativa”, ressalta a publicitária de 28 anos. “É preciso saber administrar o tempo, se alimentar bem e se esforçar para cumprir com as metas de estudo em horários não muito românticos (risos)”.

O visto de estudante, com algumas exceções temporais e locais (veja o box), não permite que o intercambista busque um trabalho em tempo integral – até porque, é sempre bom lembrar, o foco são os estudos e não o emprego. Portanto, embora não seja impossível, a grande parte dos estudantes acaba ocupando vagas sem muita relação com sua área de formação acadêmica. Os chamados “subempregos” (entre aspas mesmo, pois não há trabalhos menos valiosos que os outros!) oferecem oportunidades a quem vem de fora.

Embora tenha conseguido alguns trabalhos pontuais na área do design, Paola conta que foi como cleaner que conseguiu mais oportunidades: “Limpei hotéis, casas, escolas, escritórios, bancos e aeroportos”, ela enumera. Graças à ocupação, ela conquistou a “estabilidade financeira para suprir minhas despesas e consumo em geral”, além de ter dinheiro suficiente para viajar pelo país e pelo continente europeu. Nada mal, não é mesmo?

Para além do dinheiro

O dinheiro não é o único benefício do trabalho aliado ao intercâmbio. Os impactos no aprendizado do inglês são os mais evidentes (“Você precisa se comunicar, entender sua função, resolver problemas, se envolver socialmente”, diz Paola), mas outros frutos acabam sendo colhidos no meio do caminho. “Posso dizer que me tornei mais respeitosa e humilde para ouvir, já que tive de praticar a compreensão das diferenças”, aponta a estudante.

Iniciativa e proatividade são alguns dos principais requisitos para fazer o intercâmbio Study & Work dar certo. Isso porque, no geral, as agências Selo Belta não fazem a intermediação entre contratantes e estudantes. “Porém, auxiliamos na elaboração do currículo e oferecemos dicas de comportamento para participar de entrevistas”, destaca Rosa Maria Troes, CEO da agência Selo Belta Canadá Intercâmbio.

Como, então, surgem as oportunidades de trabalho durante o intercâmbio? Paola considera que o networking é bem útil nessa hora – se os conhecidos sabem que você está em busca de um emprego, a indicação ajuda muito. Os empregos mais fáceis de se conseguir é no setor de serviços (restaurantes, hotéis, cafés, pubs etc.), então bater perna pelas ruas e deixar o currículo nos locais em que estão precisando de profissionais também é importante

Paola viveu esse cenário e sabe muito bem da importância do QI, o popular “quem indica”: “As amizades são importantes, pois te abrem caminho para boas oportunidades”, ela destaca, lembrando que o nível de concorrência na busca de trabalhos é alto, já que diversos estudantes vivem a mesma situação. O importante, conta a publicitária, é não desanimar: “Tudo muito rotativo, então oportunidades sempre vão surgir”.

Work & Study: destinos onde é possível aliar estudos ao trabalho [BOX]

Canadá

Tempo mínimo do curso para poder trabalhar: 6 meses (apenas para estudantes de cursos universitários e profissionalizantes)

Carga de trabalho permitida: 20 horas/semana

Austrália

Tempo mínimo de curso para poder trabalhar: 14 semanas

Carga permitida: 20 horas/semana (40 horas durante as férias no curso)

Nova Zelândia

Tempo mínimo de curso para poder trabalhar: 14 semanas

Carga permitida: 20 horas/semana

Irlanda

Tempo mínimo de curso para poder trabalhar: 25 semanas

Carga permitida: 20 horas/semana (40 horas durante as férias no curso)

Malta
Tempo mínimo de curso para poder trabalhar: 3 meses (a permissão de trabalho é válida após os primeiros 3 meses de estudo)

Carga de trabalho permitida: 20 horas/semana

França

Tempo mínimo de curso para poder trabalhar:

Cada país tem leis bem definidas quando o assunto é estudo aliado a trabalho. Cursos de idioma e formações universitárias, no geral, também funcionam sob regras diferentes. Para informações detalhadas, entre em contato com uma agência Selo Belta!

DE OLHO…

Tem passaporte europeu? Converse com um agente Selo Belta sobre os benefícios do documento para o intercâmbio. Restrições de horário e tipo de trabalho, além de vistos específicos, não se aplicam àqueles que detêm o passaporte no continente.

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